Como montar um negócio de artigos religiosos

Menos de 10% dos brasileiros não têm religião. É o que revela os números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, surge um mercado consumidor considerável: pessoas de diversas faixas de idade e perfis socioeconômicos que buscam artigos religiosos, assim como as próprias igrejas.

A mesma pesquisa afirma que 86,6% da população do país se identifica como cristã, sendo 64,6% católicos e outros 22,2% evangélicos.

Estes números mostram que a fé é uma parte importante da vida do brasileiro. Observando qualquer cidade, nota-se uma grande quantidade de templos religiosos das mais diversas denominações.

Isto torna um negócio de artigos religiosos uma opção interessante para quem pensa em abrir uma empresa. Confira, a seguir, algumas dicas para montar um negócio do tipo e ser bem-sucedido:

1. A loja será generalista ou especializada?

Apesar de boa parte do país se dividir entre católicos e evangélicos, há brasileiros que professam outras fés.

Nos estados do Nordeste, por exemplo, as religiões de matriz africana têm um peso importante.

Em todo o território nacional, também é comum encontrar adeptos do espiritismo. Há, ainda, protestantes que não são da vertente neopentecostal, como os batistas e os luteranos.

Portanto, o crucifixo não é o único símbolo religioso que uma loja especializada pode vender.

Nada impede que um estabelecimento comercialize símbolos das mais diversas religiões seguidas pelos brasileiros.

2. Qual será o portfólio de produtos?

Uma vez decidido o perfil da loja, é preciso decidir o que será vendido. Pode ser, por exemplo, que o negócio foque em símbolos grandes, usados para decorar templos, ou que venda acessórios religiosos, tais como o colar de terço. Alguns dos mais vendidos são:

  • Jóias com significado religioso;
  • Velas;
  • Incensos;
  • Esculturas e imagens;
  • Roupas para usar em cultos;
  • Livros sagrados.

É importante que o empreendedor baseie sua escolha em muita pesquisa. Do contrário, ele pode acabar com um grande estoque de artigos que, no fim das contas, não são procurados pelo público, o que significa prejuízo.

3. Quais são os fornecedores estratégicos?

Uma vez definido o portfólio, o empreendedor está pronto para encontrar fornecedores dos itens que serão vendidos.

Cultivar uma boa relação com eles é uma boa maneira de conseguir um desconto na hora de renovar o estoque.

É importante fazer muita pesquisa antes de firmar qualquer contrato. Por exemplo: quando procurar um fornecedor de escapulário de prata, o empreendedor deve checar a qualidade das jóias, se o preço cobrado está no padrão do mercado e se a loja cumpre prazos e compromissos. Do contrário, isso pode render uma grande dor de cabeça mais adiante.

4. Quantos funcionários serão necessários?

Quem trabalha com comércio normalmente precisa de funcionários. Afinal, entre conferir o estoque, organizar a vitrine, limpar a loja e, claro, vender, a rotina de manter uma loja costumam ser atitudes bastante atribuladas.

Acontece que a contratação de funcionários para uma loja de artigos religiosos exige um cuidado especial.

O ideal é que estas pessoas conheçam não apenas os símbolos, mas o valor por trás dele para quem segue cada religião.

O escapulário de prata significado para os cristãos católicos, por exemplo, é fortíssimo. Portanto, é importante ser criterioso e questionar o conhecimentos dos candidatos a respeito do assunto nas entrevistas.

5. Como seria o espaço ideal para a loja?

Também é importante que o ambiente da loja seja agradável e realmente chame a atenção de quem passa por ela. Além de uma localização estratégica, é preciso que a decoração seja temática.

Um crucifixo de madeira, por exemplo, cai muito bem em uma loja especializada em artigos cristãos, mas pode repelir alguns clientes caso a loja venda artigos de todas as religiões. É essencial que todos os elementos remetam à proposta do estabelecimento.

6. Quem vai comprar os produtos?

Por último, mas não menos importante, é preciso ter um cliente em mente ao planejar a abertura do negócio.

Afinal, uma loja que vende para templos e igrejas tem um perfil diferente de um estabelecimento que vende para fiéis.

Um colar de ouro com inspiração religiosa, por exemplo, venderia muito bem na segunda situação, mas não na primeira.

Caso o empreendedor tenha pressa e não queira perder tempo planejando, há a possibilidade de abrir uma franquia de artigos religiosos.

Nesse modelo, as franqueadoras providenciam todo o suporte e expertise necessários para a abertura do negócio.